Efigênia Coutinho
Na ânsia com que beijas as íris da minha
pele, fez-se o odor corporal em teu poema,
ampliando cromatismo de luz, enlaçando-me
continuamente em tua concha, perpetuando !
Dos lábios, libertos mistérios, suave sinfonia
calada de orquídeas nuas, fez-se sonho!
Por transparente organdi, róseos mamilos,
sem perder encanto, teces tua língua morna!
Quando nua, sou única, deito-me na lua!
A pele, terra fértil, você o grão,engravido,
nos pólos da tua-minha poesia, sou pura!
Foi quando à tua pele conferiu esse papel
de mais que tua pele ser pele da minha pele.
01-02-2004
Visite
o site da autora
Deixa
teu Recado |
|
|
|