Os seus olhos, fiscais do meu dia a
dia...
espiões dos meus sentimentos.
Vigias inabaláveis de todos os meus gestos,
sentinelas dos meus pensares.
Cá estão...
Verdes, azuis, castanhos, cinzas....
Lindos,
grandes,
calados,
insinuantes!
Os seus olhos perseguidores,
Acusadores,
complacentes.
Bússolas que indicam,
apontam,
sugerem.
Os seus olhos,
janelas que se abrem,
se fecham.
Correntes que prendem,
sufocam.
Os seus olhos
que confessam sem nada dizer.
Espelhos d’ alma que não falam,
Mas dizem, riem, choram.
Esperam estatelados.
Portos de esperança!
Autora: Ciducha
25.07.2005
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