Sozinho, fico aqui
imaginando à distância,
tua afrodisíaca silhueta,
projetada ao luar,
com desenhos de tua
anatômica elegância,
que me delicia o ego sem
que eu possa tocar.
Telepaticamente, te vejo
me esperando na praia,
vicenciando, afoita, os
preâmbulos da primeira
vez,
do primeiro beijo na vida
real sem tentar fugir da
raia,
da entrega mútua e total,
só com amor e sem timidez.
De longe, sinto o vento
que, cantando, vem do mar
para deixar em pleno
alvoroço teus louros
cabelos
que, à noite, refletem a
meus olhos as cores do
luar,
mesmo em completo
desalinho e falsos
desmazelos.
Envolta na melodia
aerófona que chega do
oceano,
ficas impaciente ante a
demora de minha chegada;
tu começas a duvidar deste
teu amado e de meu plano
de, à beira-mar, encontrar
ao vivo minha namorada.
Continua aí... a ouvir a
melodia da brisa te pondo
aflita,
olhando a lua e as
estrelas; e o céu no seu
esplendor...
A qualquer momento chego e
quero te ver bem bonita
e aí desfrutar das
delícias do mar banhando
nosso amor.
Lorenzo Yucatán
17/10/2004 |