DIA DE POETA
Luiz Poeta - Luiz Gilberto de Barros
luizpoeta@globo.com - luizpoeta@luizpoeta
20.10.2004
www.luizpoeta.com
Quando é teu dia, poeta ?
Quando tua alma inquieta
Fala dos teus sentimentos
Riscando o corpo da folha ?
...ou quando voas no vento,
No centro de alguma bolha ?
Teu dia é todo dia ?
Ou um minuto, um segundo,
Onde tu guardas o mundo
Dentro da tua poesia ?
... ou quando, na noite fria,
A tua dor se insinua
E tua alma vazia
Toma o destino da rua ?
Quando é afinal o teu dia ?
No instante em que esse teu pranto
Brota num canto dos olhos
Desliza dentro do riso
Como uma flor entre abrolhos ?
Teu dia de poesia, poeta, é todo dia,
Basta que a tua alegria,
Como um encontro de águas,
Dilua a felicidade
Com tua dor da saudade
No instante da tua mágoa.
Teu dia é quando teu sonho
navega no teu desejo
E beijas teu próprio beijo
No verso que eu te componho.
Direitos Autorais Reservados
Biblioteca Nacional RJ
DIA A DIA DO POETA
Lenamais
Quando danço com minha alma
numa sintonia suave e calma
sinto remexer dentro do meu ser
os sentimentos em ebulição
crio asas e me solto num vôo livre
flutuo entre borbulhas de sabão
sem destino, sem chão
flutuando no tempo sem tempo
os ponteiros do relógio se perderam
o poeta faz o tempo dentro da poesia
gerada no ar, no vento, nas águas
brota do perfume de uma flor
ou mesmo de uma lágrima
que por ironia rola sorrindo
até mesmo quando esbarra
num dos desatinos da vida
com a alma machucada e vazia
refaz-se nos versos mesmo em agonia
até encontrar a fugitiva magia
dos sonhos brotarem alegria
deixando registradas suas marcas
numa simples e doce poesia
Autora: Lenamais
21.03.2005
Niterói/RJ