Devolvo-te a
liberdade que tomei sem perceber;
devolvo-te o direito de ir e vir sem mim;
devolvo-te o direito de, sozinho, caminhar;
devolvo-te a ilusão de que és livre;
tomara que, assim, sejas feliz.
Em
contrapartida, terás a liberdade de viver
sem mim;
de chorar livremente, quando de minhas
carícias te recordares;
de saber o quanto foste amado e desejado um
dia,
de forma inigualável e sem par,
e optou em viver só e amargurado no
dia-a-dia.
Curte a
"liberdade" que te fez optar pela solidão;
de viver sem amor e sem paixão,
que matou meus sonhos e ilusões
de amar tanto e sermos apenas um;
que a liberdade não seria tua, seria nossa.
Recebo de
volta os sonhos que te dei;
os beijos que, apaixonadamente, te sufoquei;
as noites em que prendias teu corpo junto ao
meu
na busca de sermos um no outro e não mais tu
e eu
Devolvo-te a
liberdade enfim,
de nos condenarmos a infelicidade da
separação;
o direito de jogar milênios de espera pela
janela;
de nos condenarmos a uma nova e longa
ausência e peregrinação.
Devolvo-te a
liberdade e a opção
de ser, apenas e novamente, só tu;
De não mais sermos nós,
um grande amor e uma intensa paixão.
Devolvo-te
tudo que desejares;
mesmo desejando pura e tão somente
para sempre ao seu lado ficar.
Faço-te essa devolução, pura e simplesmente,
porque te amo mais que a própria vida.
Autora:
Vanderli Medeiros
Barra do
Garças, MT - 14/12/04
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