Um
olhar
perdido
num
ambiente...
Que
um
dia
aninhou
nosso
amor,
Nas
paredes
pareciam
que
ainda,
refletiam
tua
imagem.
Abrindo
o
armário,
algumas
peças
esquecidas,
teu
cheiro
suave,
Um
porta-retratos
na
mesinha,
estampavas
um
sorriso.
No
banheiro
um
creme
de
barba
usado,
Um
restinho
da
colônia
preferida.
Comecei
a
desatar
rápido,
Troquei
a
arrumação
dos
móveis,
O
porta-retratos
por
descuido,
quebrou-se...
menos
uma
lembrança.
Comprei
uma
água
de
cheiro,
Um
novo
aroma
para
perfumar-me,
Pintei
as
paredes
da
casa.
As
roupas
ensaquei
num
baú.
Lembranças
que
tentei
apagar,
tentei
disfarçar
ou
enganar,
Que
nó
é
este
tão
difícil
de
desatar?
Como
fazer
para
cortar
os
laços?
Consegui
mudar
quase
tudo,
A xícara
preferida
quebrou-se,
Renovei
todo
o
cardápio.
Até
o
cinzeiro
troquei.
Tantas
mudanças
externas,
Talvez
tenham
sido
em
vão...
Não
consegui
apagar
a tatuagem,
Que
um
dia
docemente
gravou,
No
meu
corpo
e
na
minha
alma.
Autora:
Lenamais
03.04.2003
Niterói/RJ
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