Fátima Cardoso
Houve um tempo
Em que o casamento
Era o sonho de todas as mulheres...
Entrei nessa...
Como boa moça
Cumpri o ritual da época...
Chega à hora da verdade...
No cotidiano a paixão acaba
Amor indiferente...
Nascem os filhos
Diminui o tesão...
Começa a decepção...
Como esposa passava...
Noites sozinha,
Sem satisfação sem prazer
Desconfiei,
Há algo errado...
Estava certa havia outra,
O resto já da pra imaginar...
Separei-me morrendo de medo
Até agora só tinha sido
Filha, esposa, mãe...
Dei uma guinada em minha vida
A decepção o sofrimento me ensinaram
A gostar primeiro de mim...
Hoje,
Tornei-me “Amante...”
Que vida gostosa...
Sou loucamente desejada,
O tempo que estamos juntos
é conjugado no presente
Com muito prazer, safadeza e tesão...
Viajo pelo mundo...
Lugares que jamais imaginei
Tenho tudo, que nunca pensei
Cada presente, que recebo
Acelera meu desejo em
Despudorada paixão...
Muitos podem não entender,
até me criticar
Ser feliz, sabendo-o casado,
Vivo tranqüila,
Fiz minha escolha - ser Amante
O que me diferencia da esposa...?
È a transa...
Comigo ele libera-se, realiza suas fantasias
Com a esposa , quando faz , é o básico
Aquele insosso “Arroz com Feijão...”
A mim ele entrega-se
Com total libertinagem
Sou sempre alegre, divertida,
Torno sua vida mais leve
Uma eterna e eletrizante aventura.
De loucura e paixão...
Sou ambiciosa, ele gosta que eu seja assim...
Sei o que quero e como conseguir o que desejo...
Para ele isso é sofisticação, charme,
É ser inteligente, ter atitude...
Mulheres disponíveis atacam por todos os lados
Manter-me no topo,
Deixa-lo cada vez mais interessado...
Não é fácil, não...
Se um dia acabar, paciência...
Arranjo outro,
"Amante"
já conheço o jogo
E as regras de como ganhar...
Como lhe quero – meu Amado Amante...
Autora: Fátima Cardoso
Recife-PE
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autora
www.vidaepoesia.com.br
(publicação com
autorização do autor)
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